Tópico 05


Alterações na morfologia do cão Fila Brasileiro ao longo do tempo.

À esquerda, cabeças de cães Fila Brasileiro atuais, com pedigree. À direita, cabeças de Original Fila Brasileiro. Observe-se a suavidade da expressão no Original.


À direita Tigresa do Puri Moreno.


À direita, Bonita do Caramonã.

À direita Tigresa do Martalice. 

A cabeça dos animais de raça, em qualquer espécie é indicador importante de raça, devendo significar ao primeiro olhar, a expressão característica e uniforme do padrão. Alterando-se a cabeça de qualquer raça animal em seus requisitos básicos, altera-se o conceito de raça.
A estética é uma noção de beleza ou de organização simétrica, de cores e padrões que pode se alterar com o tempo, sujeita a modismos e influencias diversas de gostos de época.
No caso do Original Fila brasileiro optamos pela mais autêntica morfologia possível, descartando-se o material genético já alterado e retornando-se ao passado dentro do possível com o plantel ainda existente, que expresse a originalidade da raça. 
Acreditamos que em diversos planteis ainda seja possível resgatar este padrão. 


Não seria mais viável e racional trabalhar para se resgatar tipos mais de conformidade com o padrão Santos Cruz, a partir de animais morfologicamente homogêneos, como acima? Ou nós já teríamos vergonha hoje de apresentar em exposição um animal de cabeça como acima à direita, de uma foto do cão Leo da Jaguara? O que nos diria Dr. Paulo Santos Cruz? 

Ao lado o cão Leãozinho do Aquenta Sol há décadas atrás, um ícone do Cafib. Cão com origem no Sul de Minas, cujos antecedentes genéticos foram resgatados por José Amilton. Seria este um cão desejável em uma exposição de Fila Brasileiro atualmente? Não seria ele considerado por muitos, pernalta, mestiço de Dog Alemão?
Em outros tópicos do nosso trabalho, vamos também demonstrar as alterações na conformação física dos novos Filas, relativamente à estrutura, porte, massa corporal e as relações de proporcionalidade, considerando-se altura X comprimento, assim como tamanho das pernas e consequentemente, altura na cernelha.
Novamente poderíamos citar a palavras de Santos Cruz, quando afirma que ao construir o padrão da raça, apenas tentou traduzir o que via nas fazendas.
A desconstrução deste padrão através de alterações sutis na morfologia, aspecto geral e cabeça do Fila Brasileiro, ainda que se afirme sempre pela preservação do Fila Puro, vem permitindo a aproximação de linhagens e genéticas, dantes consideradas mestiças, com linhagens de padrão mais ao estilo antigo. Deixa a parecer que o objetivo é se alcançar o Fila puro por cruza, unindo-se clubes (ou linhagens) de grande força comercial no futuro.
Para onde iriam os cães de padrão original neste futuro? 




As fotografias e desenhos que não são de propriedade do autor, foram obtidas na internet, com exclusiva finalidade didática e de pesquisa.
Fonte: Wikipedia