Alterações na
morfologia do cão Fila Brasileiro ao longo do tempo.
À esquerda, cabeças de cães Fila Brasileiro atuais, com pedigree. À
direita, cabeças de Original Fila Brasileiro. Observe-se a suavidade da
expressão no Original.
À direita Tigresa do Puri Moreno.
À
direita, Bonita do Caramonã.
À direita
Tigresa do Martalice.
A cabeça dos animais de raça, em qualquer espécie é
indicador importante de raça, devendo significar ao primeiro olhar, a expressão
característica e uniforme do padrão. Alterando-se a cabeça de qualquer raça
animal em seus requisitos básicos, altera-se o conceito de raça.
A estética é uma noção de beleza ou de organização
simétrica, de cores e padrões que pode se alterar com o tempo, sujeita a
modismos e influencias diversas de gostos de época.
No caso do Original Fila brasileiro optamos pela
mais autêntica morfologia possível, descartando-se o material genético já
alterado e retornando-se ao passado dentro do possível com o plantel ainda
existente, que expresse a originalidade da raça.
Acreditamos que em diversos planteis ainda seja
possível resgatar este padrão.
Não seria mais viável e racional trabalhar para se resgatar tipos mais
de conformidade com o padrão Santos Cruz, a partir de animais morfologicamente
homogêneos, como acima? Ou nós já teríamos vergonha hoje de apresentar em
exposição um animal de cabeça como acima à direita, de uma foto do cão Leo da
Jaguara? O que nos diria Dr. Paulo Santos Cruz?
Ao lado o cão Leãozinho do Aquenta Sol há décadas
atrás, um ícone do Cafib. Cão com origem no Sul de Minas, cujos antecedentes
genéticos foram resgatados por José Amilton. Seria este um cão desejável em uma
exposição de Fila Brasileiro atualmente? Não seria ele considerado por muitos,
pernalta, mestiço de Dog Alemão?
Em outros tópicos do nosso trabalho, vamos também
demonstrar as alterações na conformação física dos novos Filas, relativamente à
estrutura, porte, massa corporal e as relações de proporcionalidade,
considerando-se altura X comprimento, assim como tamanho das pernas e
consequentemente, altura na cernelha.
Novamente poderíamos citar a palavras de Santos
Cruz, quando afirma que ao construir o padrão da raça, apenas tentou traduzir o
que via nas fazendas.
A desconstrução deste padrão através de alterações
sutis na morfologia, aspecto geral e cabeça do Fila Brasileiro, ainda que se
afirme sempre pela preservação do Fila Puro, vem permitindo a aproximação de
linhagens e genéticas, dantes consideradas mestiças, com linhagens de padrão
mais ao estilo antigo. Deixa a parecer que o objetivo é se alcançar o Fila puro
por cruza, unindo-se clubes (ou linhagens) de grande força comercial no futuro.
Para onde iriam os cães de padrão original neste
futuro?
As fotografias e desenhos que não são de propriedade do autor, foram obtidas na internet, com exclusiva finalidade didática e de pesquisa.
Fonte: Wikipedia
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