Neste tópico vamos observar como as orelhas, importante
componente da cabeça para a caracterização racial no Fila, estão alteradas
tanto quanto à forma quanto ao tamanho e posicionamento, comparativamente à
linha dos olhos.
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Observe-se acima
imagens do cão Lorde, com seu proprietário José Gomes, década de 1970, onde se
pode perceber a implantação, tamanho, formato e posicionamento das orelhas. Orelhas
pequenas, na linha dos olhos.
Abaixo, mais algumas imagens de cães
correspondentes ao Original Fila Brasileiro, com orelhas no formato e
posicionamento desta raça, como era comum nos cães das décadas de 1940 até
cerca de 1970.
Acima, as cabeças dos cães Aladim da
Fazenda Poço Vermelho, e Abapuru do Caramonã, ambos de mesmo padrão. De frente,
imagem da cabeça do cão Leo da Jaguara, década de 1950.
Orelhas de bloodhound
não existiram nas origens da raça. Trata-se de um incremento moderno, resultado
da criação de canil. Abaixo, diversos tipos e formatos de orelhas atuais, em
comparação com cabeças “Originais”.
O padrão
original à direita.
Independente da
coloração do exemplar, o tipo moderno se evidencia nas orelhas. Em decorrência
desta alteração, ocorrem alterações também no crânio, que passa a se apresentar
como de outra raça, diferente do Original.
Para testar seus
conhecimentos sobre o Fila Brasileiro e o Original Fila Brasileiro, identifique
o Fila Brasileiro nas imagens abaixo.
Ou identifique o Bloodhound nas imagens abaixo:
E compare estas imagens com as
inconfundíveis de cães de padrão original, abaixo.
O Original não se confunde com um Bloodhound, ainda que alguns exemplares
tenham orelhas um pouco maiores que outros, não temos o exagero dos “modernos”
....
Para os
originais, permanece o perfil traçado por Santos Cruz, hoje em esquecimento.
... e a inserção das orelhas não se altera.
Acima o cão Lorde,
fotografado por Paulo Augusto M.Moura, aproximadamente década de 1970,
fotografias que se tornaram famosas e parâmetro para criações. Observe-se bem
as orelhas deste cão, o quanto difere do Fila Brasileiro atual.
Fotografias originais do cão Lorde,
pertencente ao criador José Gomes de Varginha, MG, demonstram o grande equívoco
de muito “estudiosos” do Fila Brasileiro, quando procuram compará-lo a cães
Fila Brasileiro de nossa época.
No caso do cão
Lorde, as orelhas são pequenas, caso impossível de se confundir com as orelhas
dos cães mais premiados no momento.
Tem sido enorme, e
com muita propaganda, o esforço em usar imagens deste cão para convencer
criadores novatos, ou até outros menos avisados, de que se está preservando o
padrão racial de origem.
Em trabalhos a
seguir, usaremos estas fotografias em comparação com imagens de modernos cães
da raça Fila Brasileiro, para maior elucidação dos fatos.
As imagens que não
pertencem ao autor, foram adquiridas na internet, via Wikipédia.