HISTÓRIA - 3

Ouro do Caramona
Opala do Caramonan
Opala premiada em exposicao do Kennel Clube em Belo Horizonte – 1993 – Melhor da Raca.
Opala do Caramonan com meu pai Antonio Machado Borges, Fazenda Santa Cruz.
Um ano depois nasceria o formidável Poguaçú do Caramonã (17/05/88) e seus irmãos Piatã e Piaçú. O Poguaçu herdara o temperamento do pai, e igualmente é lembrado ainda hoje como insuperável por todos que o conheceram.
Poguacu do Caramonan na Fazenda Santa Cruz.
Cabeca do Poguacu do Caramonan em idade adulta.
Piacu do Caramona com meu filho Daniel na fazenda Santa Cruz.
A partir deste momento dei início a uma jornada de sucesso, não só nas pistas de exposições, mas principalmente na formação de inúmeros criatórios novos e recuperação de outros mais tradicionais.
As bases genéticas Caramonã estão presentes em dezenas de criatórios que atuam na preservação do que denominei no meu livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original” – de Fila de Padrão Original.
Em 1990 fui convidado por amigos e criadores tradicionais do então desativado Clube Mineiro dos Criadores do Fila Brasileiro (CMCFB), para a reativação da entidade, do qual cheguei a ser presidente e guardo ainda hoje comigo livros, arquivos e muitos documentos. Foi mais um período de aprendizado e amizades, um momento virtuoso para o Fila em Belo Horizonte, sob os princípios da ética de criação que sempre prevaleceu no Clube Mineiro.
O CMCFB, após alguns anos de funcionamento, encerrou suas atividades, porém deixou um saldo extremamente positivo para o Fila em Minas Gerais. O plantel resultante de criadores tradicionais de Minas, com a linhagem Caramonã, veio a resgatar o padrão tradicional quase em extinção, renovando genéticas muito consangüíneas e contribuindo para novo vigor nos planteis, com conseqüente aumento no número de exemplares.
Touro do Caramonan com Carlos Barreira e Milton Cheib -1994
Nesta fase do Clube Mineiro, fui procurado por dois criadores tradicionais, remanescentes de criatórios mais antigos de Belo Horizonte, os quais eu tive a satisfação de atender prontamente, e que ainda preservam as bases dos acasalamentos que realizamos com nossos cães.
O criador Alírio Soares, do canil do Engenho, foi até a cidade de Governador Valadares com a cadela Honda do Engenho e escolheu para a cobertura o nosso cão Ouro do Caramonã em 1992.
Posteriormente, entusiasmado com o resultado, buscou o cão Touro do Caramonã, bases genéticas que preserva até hoje na maioria dos pedigrees “Engenho”. Tornando-se um entusiasta da linhagem Caramonã, buscou ainda na linhagem Fazenda Mundeo, com o amigo Guilherme, cães com forte origem Caramonã, provenientes da linhagem São José da Lapa.
Também o criador Cristóvão Giancolti do canil Tabayara, foi nesta época em Governador Valadares com a cadela Tucaia da Jaguara, presente de Mr. Chalmers e escolheu o Paguaçú do Caramonã para padreador.